YERMA
Federico Garcia Lorca
"Algumas coisas
não mudam.
Há coisas
fechadas
dentro de
paredes, que
não podem
mudar
porque
ninguém
as ouve."
Escrita em 1934, a tragédia de Federico Garcia Lorca ganha uma montagem com um olhar realista fantástico na tênue linha de um presságio.
Yerma é o malogro dos desejos que não concretizamos.
Fiel a rotina de uma tradição moralista, a protagonista, refletida também nas fadadas frustrações do próprio autor e de sua Espanha, leva em sua metáfora e ambição a luta contra o próprio tempo onde corpo e desígnio envelhecem: o desejo de um filho acima de todas as felicidades.
A poesia de Lorca e todo o simbólico do seu universo, projetado agora em mais uma montagem do Teatro da Neura, dentro da pesquisa que completa em 2018, oito anos, propõe ao público um deslocamento da realidade, espaço e tempo a partir da frustração de uma mulher.
Yerma é um naufrágio das vontades que não conquistamos.
A luta contra a natureza dos dias.
A tristeza dos amores não declarados.
A morte ainda em vida de um destino fadado ao fracasso.
Fotos William Ferro
Fotos Aline Lobo - ensaios
Ficha Técnica
Direção
Antonio Nicodemo
Ligia Berber
Imprensa
Figurinos
Cenário
Antônio Nicodemo
Lígia Berber
Cenotécnica
Danilo Cruz
Gilson Peres
Preparação Vocal
Camila Ribeiro
Desenho de Luz
Iaiá Zanatta
Operação de Luz
Produção e Operação de música
Cauê Drumond
Maquiagem
André Antero
Adereços
Elenco
Produção
Michel Galiotto
Ilustrações
Lígia De Marco
Circulação
Estreia
Espaço N de Arte e Cultura
Temporada em setembro de 2018
no